Centro Interpretativo distinguido pelos Prémios APOM 2021

O Centro Interpretativo de Ventozelo foi distinguido na edição de 2021 dos Prémios da APOM – Associação Portuguesa de Museologia, com uma menção honrosa na categoria ‘Coleção Visitável’.

Pensado como um espaço de interpretação do território duriense, prima por um conjunto de experiências sensoriais e lúdicas que são uma viagem de descoberta pelo património histórico e natural tanto da Quinta de Ventozelo, cujas origens remontam ao séc. XVI, como de todo o Douro.

A Quinta de Ventozelo situa-se na margem esquerda do rio e é uma das maiores e mais antigas daquela região. Com um total de 400 hectares, a tranquilidade e a ligação plena à Natureza são o maior valor intangível desta propriedade única. Partindo da ideia que se pode descobrir visitando, a concepção do Centro Interpretativo de Ventozelo fez parte do processo de reestruturação da Quinta, que culminou com a abertura do projeto global Ventozelo Hotel & Quinta, no final de 2019. Enquanto espaço expositivo, foi programado para que os visitantes possam descobrir o Douro numa quinta.

O Centro Interpretativo de Ventozelo – que pode ser visitado tanto hóspedes do hotel como por passantes – encontra-se instalado na antiga casa nobre da Quinta, datada do século XVIII, entretanto adaptada para esta função. Além do espaço de entrada e apresentação do CI, a exposição é composta por quatro grandes núcleos: Espaço, Tempo, A Quinta e Cor, Corpo e Gosto – saborear Ventozelo. Em todas eles o discurso expositivo assenta em conceções dinâmicas de espaço e de tempo, levando os visitantes a utilizarem os sentidos de forma ativa através do confronto com vários dispositivos e situações, procurando fugir da visita passiva. A ideia é mesmo explorarem os sentidos.

Assim, além de se trabalhar a visão através da luminosidade e das cores, propõe-se também que utilizem a audição para escutar quer os sons da quinta, quer o silêncio, o olfato e o gosto para apreciarem os diferentes aromas da gastronomia, do vinho e da Natureza, e o tato através do toque e do movimento. Qualquer um destes sentidos é igualmente estimulado no exterior do CI, funcionando a exposição como um ‘gatilho’ para interpretar a Quinta. Ao longo do percurso, os visitantes são ainda desafiados a interagir com alguns elementos expositivos que testam as suas capacidades de memória histórica e olfativa, como uma instalação composta por rodas dentadas, com um ‘relógio’, que se baseia no desafio pergunta-resposta, uma pequena biblioteca de aromas, com algumas das essências típicas do Douro, ou uma caixa insonorizada que desafia a identificar os sons da quinta.

A par desta descoberta focada nos sentidos, a exposição vive também de pequenos textos bilingues, que contextualizem a narrativa desenhada. Estes são acompanhados tanto de objetos da coleção de Ventozelo como de documentos gráficos e fotográficos existentes na Quinta ou recolhidos junto de outras instituições públicas e privadas. Todos os objetos expostos foram alvo de ações de conservação-restauro, de modo a garantir não só a sua boa apresentação no contexto expositivo, como também a garantir a sua preservação futura. Aliás, incluiu-se no próprio discurso expositivo um testemunho do estudo de conservação feito a uma das telas da coleção, uma pintura do século XVIII submetida a raio-X e fotografia de infravermelho.

Aberto todos os dias, das 10h às 20h. Entrada gratuita para hóspedes do hotel. Passantes: €20/pax com visita guiada “Núcleo dos Prazeres” (incluíndo o CI) + prova de vinhos. Visitas guiadas sujeitas a agendamento prévio.