Vinhos do Tejo lançam projeto coletivo para alavancar a casta Fernão Pires

Em Junho instituiu-se e celebrou-se o Dia da casta Fernão Pires (20 de junho), uma iniciativa da Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo (CVR Tejo), com o apoio da Câmara Municipal de Almeirim, que assim deu mais um passo na promoção desta casta. Para além de um conjunto de iniciativas, como adegas portas abertas, degustações livres e uma prova didática, a entidade elegeu esta efeméride para apresentar oficialmente, em Portugal, o projeto de união e esforço coletivo Campo do Tejo® Fernão Pires e seus vinhos, sendo atualmente uma trilogia.

Como o nome evidencia, Campo do Tejo® Fernão Pires é um cluster de vinhos brancos feitos à base de uvas de Fernão Pires, na sua maioria provenientes do terroir Campo – na região existe ainda o Bairro e a Charneca. O Campo abrange as áreas de vinha situadas ao longo das duas margens do rio Tejo, numa extensão de mais de 80 quilómetros, na área geográfica do Ribatejo. Estas uvas beneficiam de um microclima, com manhãs enevoadas, dias quentes e noites frescas e húmidas, o que confere frescura, acidez e grande vivacidade aos vinhos. Campo do Tejo® Fernão Pires representa um perfil específico de brancos feitos com esta casta: leves, frescos e com pouco álcool (até aos 12%), ideais para consumir de forma descontraída, no dia-a-dia, a solo ou com comida. Brancos vibrantes, a evidenciar a frescura que carateriza os Vinhos do Tejo. 

Com um estilo e espinha dorsal comum, cada produtor tem a liberdade de dar o seu cunho, nascendo vinhos distintos entre si. Isto advém não só da localização específica das vinhas, mas também da idade das mesmas, da data de vindima e dos processos de vinificação adotados por cada um. Nesta fase de lançamento, são três os produtores aderentes: Batista’s by Pitada Verde, Quinta do Casal Monteiro e Quinta da Lagoalva.

Os Campo do Tejo® Fernão Pires são vinhos acessíveis em termos de preço (PVP), que pode variar entre os €4,00 e os €5,50. O grande foco são os mercados de exportação, contudo, em Portugal vão estar disponíveis através dos canais de cada produtor, sendo também possível adquiri-los na loja da Rota dos Vinhos do Tejo: física, em Almeirim, e on-line, em www.rotadosvinhosdotejo.pt.  

O Campo do Tejo® Fernão Pires é uma marca registada pela CVR Tejo, para um projeto que começou a ser pensado em 2020 – sendo que a pandemia, primeiro, e guerra na Ucrânia, de seguida, acabaram por atrasar a sua execução, criando até alguns entraves. Tem como objetivo agregar valor às vinhas e uvas de Fernão Pires – que representam 35% do encepamento total da região –; dar a oportunidade a todos os seus Agentes Económicos de produzirem (mais) vinhos com a casta rainha da região dos Vinhos do Tejo; e valorizar o território e a sua economia local, através da produção de vinhos com selo de certificação de origem.

Fernão Pires é a casta branca mais plantada em Portugal, tendo maior expressão na região dos Vinhos do Tejo, com uma área de 4.500, de um total de 13.000 hectares de vinha. De notar que a versatilidade desta casta permite aos produtores do Tejo criarem vinhos de estilos bem diferentes: de espumantes a vinhos tranquilos, com ou sem madeira, mas também colheitas tardias, abafados e até aguardentes. Esta plasticidade e o trabalho de promoção desenvolvido pela CVR Tejo têm gerado uma dinâmica muito interessante no que toca ao “nascimento” de novidades, sendo que os números falam por si: existem, atualmente, cerca de 60 monocastas de Fernão Pires do Tejo, 50% dos quais estreados desde 2020, na sua grande maioria de colheitas posteriores a 2018. 

A identidade gráfica e pressupostos de uma garrafa de Campo do Tejo® Fernão Pires 

A identidade gráfica do Campo do Tejo® Fernão Pires abarca não apenas um, mas três rótulos distintos, que, no conjunto, revelam e realçam o traçado do rio Tejo. O Tejo é a essência desta região, surgindo como um elo e uma âncora de quem nela habita. Não foi ao acaso que, em termos vitivinícolas, a denominação passou de Ribatejo (ainda chamada assim, ao nível do território) para Tejo. Assim, o rio Tejo assume preponderância nesta identidade, traduzido em “ouro líquido” que serpenteia os campos agrícolas que modelam a paisagem de forma única, criando um puzzle muito característico, a revelar a abundância e riqueza da região. 

Em cada rótulo, o destaque é dado à marca e categoria do produto, surgindo o nome do produtor na base da imagem, em jeito de assinatura e endorsement. Nota ainda para o facto de este ser um projeto com pressupostos de sustentabilidade: há uma garrafa única para todos os vinhos, de vidro branco e bastante leve, e os rótulos são produzidos com um papel específico, fabricado com 65% de fibra reciclada. 

Após um concurso lançado pela CVR Tejo para a criação do rótulo, a ideia vencedora veio de um grupo de alunos de mestrado em design, da Universidade de Aveiro, tendo sido alvo de alguns afinamentos pela dupla de empresas de design Amphora e Brand 75, parceiros dos Vinhos do Tejo, em Inglaterra e em Portugal.

Quinta de Chocapalha sugere escapadinhas para o Inverno

Os dias mais frios pedem programas quentes para a alma. É com isto em mente que a Quinta de Chocapalha, localizada na histórica aldeia galega da Merceana, a apenas 45 minutos de Lisboa, sugere escapadinhas de fim de semana para fazer com a família ou amigos e que aconchegam qualquer visitante. Explorar o enoturismo da Quinta com uma prova de vinhos à lareira, harmonizada com charcutaria local, aguçam o apetite para conhecer a história, a natureza e as vinhas da Chocapalha. 

Com visita guiada às vinhas, adega e sala de barricas, sempre na companhia de um membro da família Tavares da Silva, a Quinta de Chocapalha tem à sua disposição quatro experiências únicas: a “Discovering Chocapalha”, que inclui a visita e a prova de três vinhos; a “Wine lover Chocapalha”, com uma prova de três vinhos, incluindo um topo de gama; e a experiência  “Terroir of Chocapalha”, na qual são servidos quatro vinhos, incluindo dois topos de gama, além de ser possível descobrir as características singulares das referências da Quinta, que refletem o terroir único e a influência da proximidade do Atlântico.
Por fim, e a pensar nos vinhos essencialmente gastronómicos que são produzidos em Chocapalha, também é possível saborear os rótulos da casa à mesa, através da experiência “Wine Tasting & Lunch na Quinta de Chocapalha”. Este é um programa intimista e preparado de maneira a encher as medidas de todos os amantes de vinhos. O almoço inclui entrada, prato principal, sobremesa e café ou chá, e é harmonizado com um total de quatro vinhos (o menu é enviado com antecedência e o almoço é precedido de uma visita guiada à quinta). 

Todas as experiências requerem marcação prévia através do website www.chocapalha.pt/enoturismo ou dos contactos: 263 769 317 | visitas@chocapalha.com. Preços: dos €30 aos €110 por pessoa.

Uma visita às caves da Churchill’s 

Com uma vista privilegiada sobre o Douro, as caves da Churchill’s, em Vila Nova de Gaia, são uma paragem obrigatória para quem é apaixonado por vinhos. No centro de visitas, os visitantes têm a possibilidade de conhecer o processo de envelhecimento de vinhos com a equipa de ‘wine educators’, ou até desfrutar de uma prova exclusiva e personalizada com um dos seus enólogos.

Uma visita às caves da Churchill’s passa pela Sala dos Tonéis, o Armazém dos Tawny e a Cave de Vintage. Os visitantes são guiados pela história de 40 anos da casa ‘Churchill’s’ e da família que a fundou, ficando a conhecer o mundo do vinho do Porto através do processo de envelhecimento – dos grandes tonéis de Reserve e LBV, à cave onde os vinhos do Porto Vintage descansam e envelhecem em garrafa, até ao grande armazém de pipas onde se envelhecem os Tawny da casa e o seu icónico vinho do Porto branco seco. 

As experiências de provas estão divididas entre vinhos do Porto e do Douro. Para descobrir os vinhos do Porto da marca, os visitantes podem optar por:  Prova Clássica; Prova Ruby; Prova Wood-Aged; Prova Gricha Terroir Vintage Port (seleção do enólogo); e Prova Churchill’s Vintage Port (seleção do enólogo).  Para os vinhos do Douro estão disponíveis a Prova Clássica; Prova Clássica com uvas autóctones e Prova Gricha Terroir.

Nas duas experiências é possível pedir uma seleção de queijos, para acompanhar, ou ainda optar pela Prova do Dia, pensada e selecionada pela equipa da Churchill’s para os visitantes que querem ser surpreendidos. As provas variam entre os 15€ e 45€ por pessoa.

Após a prova, os visitantes podem levar para casa as referências de que mais gostaram através de uma passagem pela adega da Churchill’s. O verdadeiro desafio é escolher: desde Portos Ruby a Portos wood-aged – com destaque para os Tawny 30 e 40 anos, incluídos entre os ‘Melhores do Ano’ da Revista de Vinhos –, são diversas as opções do universo da marca. Para desempatar a indecisão, há ainda um Churchill’s Port Experience Pack com uma prova os três estilos de vinho do Porto – ruby, tawny e branco.

Para além das caves, os visitantes podem, de sexta-feira a domingo das 14h às 19h, desfrutar do resto do dia no 1982 Bar e no jardim da Churchill’s, enquanto saboreiam um copo de vinho com o cenário inesquecível do Porto, o rio Douro, e o mural da artista visual e ilustradora Kruella D’Enfer que trouxe em 2021 uma explosão de cor ao espaço, numa intervenção artística única.

As visitas e provas podem ser feitas de segunda-feira a domingo, sempre das 10h até às 18h, sendo que a última visita às caves está marcada para as 17h. E o jardim está aberto de sexta-feira a domingo, das 14h às 19h, a partir de 5 de maio. 

A Churchill’s oferece ainda a possibilidade de os visitantes marcarem uma visita exclusiva com a presença de enólogos. ou por telefone. Para mais informações, consultar o site da Churchill’s https://www.drinkchurchills.com/pt/

PROFISSIONAIS DO ENOTURISMO REÚNEM-SE PARA TRABALHAR MELHOR O SETOR 

A Rentabilidade, Internacionalização e Legislação do Enoturismo serão os temas em destaque na segunda edição do Encontro dos Profissionais do Enoturismo organizado pela Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO). Neste evento serão também revelados novos projetos, parcerias e outras novidades para 2024. 

O 2º Encontro Nacional dos Profissionais de Enoturismo será realizado no dia 31 de Janeiro, com o apoio da Universidade Europeia, no pólo de Carnide, na Quinta do Bom Nome, Estr. da Correia 53, 1500-210 Lisboa, a partir das 14h30. 

Este evento anual reúne profissionais do setor a trabalhar em adegas, agências de viagens, empresas de animação turística, restaurantes, garrafeiras, hotéis ou outros espaços que pratiquem Enoturismo, em ambiente rural ou urbano. Com uma componente nacional e internacional, já é o evento de referência do setor pelos temas pertinentes e relevantes que apresenta e debate. O evento conta com a presença de profissionais experientes que nos trazem contributos e visões para a melhoria do setor, além de influentes personalidades públicas ligadas ao mundo do vinho e do turismo, com poder de decisão nesta área. 

«O nosso objetivo é discutir e debater temas que contribuam para elevar o nível de qualidade dos serviços de Enoturismo em Portugal. Este ano vamos mostrar que o Enoturismo é um negócio rentável, vamos abordar a internacionalização do Enoturismo português, e revelar projetos e parcerias que terão um impacto positivo no setor. E também dar a conhecer, em primeira mão, os passos que estamos a dar em direção à criação de uma legislação nacional para o Enoturismo, falar da legislação mundial já existente, entre outros temas pertinentes e urgentes que vão contribuir para a organização do setor», afirmou Maria João de Almeida, Presidente Executiva da APENO. 

«Além disso, é um evento anual que promove momentos de partilha, brainstorming, convívio e boa disposição entre os profissionais de todo o país», remata. 

O programa este ano inclui, além dos painéis nacionais que vão focar-se em dois temas fortes do Enoturismo – a internacionalização e a rentabilidade do setor – vai contar com a presença (on-line) de dois convidados internacionais especiais, a professora Chiara Tincani, da Universidade de Verona (Itália) e o advogado Oscar Barney (da Cruz Barney Perez Cuellar Abogados), que vão dar a conhecer a legislação relativa ao Enoturismo já existente nos seus respectivos países. «Sabemos que a legislação para o Enoturismo em Portugal acabará por surgir, e que o Enoturismo será um dia um setor organizado, é uma evolução natural, a APENO e os seus associados já reclamam por isso há muito tempo. É pena que o Governo teime em não abrir os olhos e que tenhamos de ir atrás de outros países, quando podíamos ter sido pioneiros nesta matéria. Mas, mais vale tarde do que nunca!», ironiza, Maria João de Almeida 

Por último, o evento contará ainda com um momento especial – a Bolsa de Emprego APENO. Durante este momento, que decorrerá no final do evento, candidatos de todo o país terão a oportunidade de se inscrever para trabalhar em Enoturismo, e também de conhecer alguns dos associados da APENO. «Existe uma grande procura por profissionais de Enoturismo, por essa razão, a APENO investiu nesta plataforma onde estão inscritos profissionais que já trabalham no setor há algum tempo mas também pessoas com formação que querem começar a dedicar-se a esta área. A Bolsa de Emprego é interna e só os nossos associados têm acesso a esta plataforma, é uma das vantagens de pertencer à APENO, e é com muito orgulho que informo que já conseguimos colocação de muitos destes profissionais nas empresas dos nossos associados», diz Salvador Salazar Leite, um dos vice-presidentes da APENO e responsável pela gestão da plataforma. 

Além do apoio da Universidade Europeia, o evento conta ainda com outras empresas parceiras, entre as quais a Alug’Aqui, a Delta Café e a Gifts4Wine. 

Quinta da Lagoalva faz rebranding e estreia Fernão Pires em monocasta

A Quinta da Lagoalva – projeto de vinhos da família Holstein Campilho , situada em Alpiarça e uma das maiores e mais antigas propriedades da região dos Vinhos do Tejo – elegeu 2023 como um ano de mudança, materializada no rebranding do logótipo e dos rótulos do seu portefólio de vinhos, que vão chegar ao mercado até ao final do ano, à medida que são lançadas novas colheitas. A isto soma-se a aposta na casta bandeira da região, com a estreia do Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires e de uma outra referência, a revelar em breve. Liderada por Pedro Pinhão, administrador e diretor de enologia – em parceria com o enólogo Luís Paulino –, esta dinâmica surge no âmbito do movimento de promoção desta casta, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos do Tejo, a nível nacional e internacional.

A nova imagem foi desenvolvida pela agência portuguesa de design e publicidade OM Design, em estreita colaboração com as equipas de enologia, comercial e enoturismo da Quinta da Lagoalva. Criativos e designers visitaram a quinta e imergiram no universo da Lagoalva, a fim de captarem a sua essência e alguns dos elementos mais marcantes, que vieram a integrar os novos rótulos, em imagem e em textos – escritos com o apoio da família e de alguns dos trabalhadores mais antigos. Uma forma de homenagear o legado desta icónica propriedade, com 830 anos de história e 660 hectares contíguos, dos quais 42 são de vinha e 16 de olival. 

O logótipo, elemento marcante nos atuais rótulos, manteve o ferro da coudelaria Quinta da Lagoalva – alusivo à Marquesa de Tancos, tia-avó dos proprietários – como símbolo. Assumindo o legado histórico, passou a integrar a menção ‘Circa 1193’, data do primeiro registo da Quinta da Lagoalva. Ao nível das cores, optou-se pelo azul e dourado e, na grafia, por um tipo de letra não serifada, num binómio entre a contemporaneidade e o classicismo, caminho eleito para esta nova imagem. Ícones desta casa agrícola ribatejana, a fachada do palácio e a torre do relógio vão estar presentes em todos os rótulos das gamas Lagoalva, Quinta da Lagoalva e Dona Isabel Juliana. 

Para materializar esta nova identidade, que chegará ao mercado ao longo deste ano, a Quinta da Lagoalva tem já no mercado as novas colheitas do Lagoalva branco, rosé e tinto; Lagoalva Sauvignon Blanc; Lagoalva Reserva branco e tinto, mas também a sua estreia absoluta: o Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires branco 2021. 

O Quinta da Lagoalva Grande Reserva Fernão Pires, da colheita de 2021, é um branco musculado, com a casta Fernão Pires a revelar o seu lado mais floral e herbáceo – mais do que o habitual frutado associado a esta variedade –, frescura e estrutura, esta última impressa pelo estágio em barricas de carvalho francês. 

Na Quinta da Lagoalva, as castas brancas estão plantadas em solos férteis de aluvião, capazes de reter a água e imprimir frescura e acidez às uvas e, por conseguinte, aos vinhos. Estes factores, associados às grandes amplitudes térmicas que se fazem sentir na região dos Vinhos do Tejo, com dias quentes, noites frias e manhãs húmidas, são ideais para a produção deste vinho. As uvas deste Fernão Pires provêm de uma vinha velha, com quase 70 anos, sendo vindimadas à mão. Segue-se a prensagem dos cachos inteiros, feita em prensa pneumática. Após 24 horas de decantação, o mosto fermenta a 20.ºC em barricas usadas – de 2.º, 3.º e 4.º anos – de carvalho francês com capacidade 500 litros, com o objetivo de conferir complexidade, mas sem “mascarar” a fruta. Terminada a fermentação, estagia durante 12 meses nas mesmas barricas, com bâttonage semanal durante 2 meses. Com uma cor amarelo-pálido, este Fernão Pires releva um aroma complexo, com presença de fruta branca, mas assumidamente notas florais e algum herbáceo e boa mineralidade, associado à elegância da baunilha proveniente da madeira. Na boca é gordo, fresco e equilibrado. Deve ser servido a 12.ºC com carnes grelhadas, peixes, marisco ou queijos de pasta mole. Para quem se desloque até à propriedade, o vinho também está à venda na loja de enoturismo da Lagoalva.

Lavradores de Feitoria inaugura marca Bagos com Riesling

Do Douro e com a assinatura do consórcio Lavradores de Feitoria é agora inaugurada uma nova marca – e, para já, um vinho –, que ganha nome com parte de uma das mais conhecidas marcas deste produtor: falamos de Três Bagos e, daqui em diante, também de Bagos. Um nome que nasce para dar corpo a monocastas e/ou a vinhos mais experimentalistas, mostrando assim a versatilidade das uvas existentes no património vitivinícola dos accionistas da empresa: recuperando técnicas e castas tradicionais ou apostando na diferenciação da vinha ao copo, sempre que faça sentido.

A encetar a marca Bagos, um Riesling da colheita de 2017, da autoria do enólogo Paulo Ruão, em estreita colaboração com Raúl Pereira e Margarida Martins, responsáveis pela produção e pela viticultura, respectivamente. «No universo das 20 quintas que dão vida à Lavradores de Feitoria e dos seus cerca de 600 hectares, muito há para podermos explorar. No que toca a uvas brancas, temos o privilégio de ter na Casa se Mateus, em Vila Real, uma espécie de campo de ensaios, de onde vamos experimentando várias castas brancas, resultando em vinhos que reflectem o compromisso entre o terroir do Douro e a qualidade das variedades eleitas, quando não autóctones», afirma Paulo Ruão. É precisamente ali que têm origem as uvas deste Bagos Riesling 2017. Vinificado apenas em cubas de inox, é um branco fresco, mineral e elegante, no qual sobressai fruta branca e um toque apetrolado, tão típico da casta e mais evidente com a evolução em garrafa.

O Bagos Riesling 2017 tem uma cor palha limão bastante límpida e viva. Do olhar ao paladar, estamos perante um branco de aroma fino e elegante. Ao primeiro impacto, aroma fresco de fruta de polpa branca e algumas notas florais, acompanhadas de um toque apetrolado, bem característico da casta e muito elogiadas por fãs de Riesling. A boca acompanha na frescura, somando mineralidade. Apresenta sabores a fruta, como pera e algum ananás, suportados por uma boa acidez, o que lhe proporciona um excelente equilíbrio. Bastante harmonioso, promete uma boa evolução. Para beber como aperitivo, a solo, ou à mesa, com entradas frias, peixes magros, peixes grelhados, frutos do mar, pratos asiáticos com toques picantes e alguns queijos. Já no mercado, com um PVP de €18.

Ciente da capacidade das suas uvas para produzir brancos de guarda, a Lavradores de Feitoria está apostada no lançamento de novas referências. Com outros vinhos na calha, para já, é desfrutar deste Riesling da colheita de 2017, lançado passados seis anos, mas sempre com cunho de frescura e elegância. 

PRÉMIO NACIONAL DE ENOTURISMO 2024 COM NOVA CATEGORIA

A APENO lançou uma nova categoria que vem inovar o conceito de Enoturismo. As empresas do sector sediadas em ambiente urbano agora também serão premiadas.

É já no dia 24 de Maio que se realiza a terceira edição do Prémio Nacional de Enoturismo  (PNE) promovido Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO). Na medida em que o conceito de Enoturismo da Carta Europeia se revela desatualizado, a APENO assume a vanguarda ao redefinir o conceito, incluindo o emergente Enoturismo Urbano. Este conceito abrange não apenas as adegas (que podem estar inseridas em ambiente urbano), mas também estabelecimentos urbanos como garrafeiras, wine bars, hotéis e restaurantes que, ao proporcionarem experiências enogastronómicas de qualidade, promovem o vinho e sua história. «O conceito de Enoturismo da Carta Europeia de Enoturismo, que nem sequer é oficial, está completamente desactualizado, pois só considera as empresas de enoturismo em ambiente rural. Há muito que o Enoturismo existe também em ambiente urbano em cidades, vilas ou mesmo aldeias, criando uma dinâmica muito interessante que apoia a evolução do sector», explica a presidente executiva da APENO, Maria João de Almeida.  

A Primeira edição do PNE decorreu em 2022 em Lisboa, e em 2023 realizou-se no Redondo. O próximo local será revelado brevemente, no dia 31 de Janeiro, no ‘2º Encontro dos Profissionais de Enoturismo’, na Universidade Europeia, em Lisboa. «Não posso revelar ainda onde será o evento do Prémio Nacional de Enoturismo, mas posso adiantar que este ano irá abrilhantar um destino diferente. Sempre que possível, queremos continuar a viajar pelo país, a descentralizar e a dar oportunidades a outros locais de receberem este evento que já é a maior referência do sector a nível nacional’», rematou Maria João de Almeida.

O Prémio Nacional de enoturismo foi criado com o objetivo de promover, incentivar e distinguir os melhores projetos do setor do Enoturismo. Nesta terceira edição do Prémio Nacional de Enoturismo pretende-se premiar os negócios/projetos portugueses que se distingam como casos de sucesso. Assim, além do Prémio de Melhor Enoturismo Urbano, as restantes categorias são as de Melhor Hospitalidade, Melhor inovação e Tecnologia, Melhor Arte e Cultura, Melhor Loja, Melhor Projeto Sustentável, Melhor Projeto Inclusivo, Melhor Empresa de Turismo, Melhor Sala de Provas, Melhor Sommelier, Melhor Chefe de Cozinha, Melhor Restaurante, Melhor Estadia, Melhor Profissional e Melhor enoturismo de Portugal.

Mais informações e inscrições no link https://enoturismodeportugal.pt/premio-nacional-de-enoturismo-2024/

Edição limitada de Barbeito Reserva 5 anos Malvasia chega à Garrafeira Benfica

O SLB 48 Madeira, Reserva 5 anos Malvasia, com assinatura do produtor madeirense Vinhos Barbeito, pode ser adquirido a partir de hoje e promete encantar os apreciadores do Sport Lisboa e Benfica e dos entusiastas de vinhos de alta qualidade. Com apenas 1000 unidades disponíveis, o SLB 48 Madeira chega ao mercado fruto de uma parceria da Garrafeira Benfica, iniciada há já três anos, com o clube de futebol português e a Super Grapes. Cada garrafa tem o preço de venda ao público de 30,99€. Além deste aguardado SLB 48 Madeira, a Garrafeira Benfica prepara-se para apresentar três novas edições de vinhos sem álcool, um licoroso alentejano e duas edições da Hungria. «Estes lançamentos refletem o compromisso contínuo da Garrafeira Benfica em proporcionar uma experiência vinícola diversificada e de alta qualidade, reforçando e dando continuidade a um projeto inédito nascido num clube de futebol», adianta Miguel Bento, diretor comercial e marketing do Benfica.

O SLB Madeira tem uma cor dourada, com notas de amêndoas tostadas, mel e madeira fumada a enaltecer o requinte e a frescura deste vinho, capaz de conservar os aromas durante vários meses, mesmo após a abertura da garrafa. As uvas que deram origem a este vinho, chegam de vinhas de excelência do Arco de São Jorge, na costa norte da ilha da Madeira. Todo o processo de produção foi meticulosamente pensado, de forma a assegurar um resultado de qualidade, capaz de agradar ao paladar dos mais exigentes enófilos. Um vinho que, além de ter experienciado a interrupção da fermentação através da adição de álcool vínico (96%), estagiou, ainda, em canteiro, em cascos de carvalho francês, pelo período de cinco anos.

O SLB 48 Madeira deve ser servido a uma temperatura de 14/15.ºC e é ideal para servir como digestivo. Acompanha, ainda, bem com queijos e sobremesas, como pudim de caramelo, maracujá e fruta cristalizada.