José de Sousa: a adega alentejana onde o vinho ainda nasce em talhas de barro

No coração de Reguengos de Monsaraz, a José Maria da Fonseca mantém viva uma herança milenar na Adega José de Sousa. Com visitas disponíveis todo o ano, é possível testemunhar a rara arte de fazer vinho em ânforas de barro, tal como faziam os Romanos há mais de dois milénios.

É uma das adegas mais singulares do mundo e está em pleno Alentejo, em Reguengos de Monsaraz. A Adega José de Sousa, adquirida pela José Maria da Fonseca em 1986, representa a realização de um sonho antigo da família: produzir vinho numa propriedade histórica, onde há registos de vinificação desde 1878.

Hoje, quem visita este espaço pode conhecer não apenas os vinhos José de Sousa, José de Sousa Mayor e o prestigiado J de José de Sousa, mas também a marca Montado. O destaque vai para a chamada “adega dos potes”, equipada com 114 ânforas de barro – um método ancestral de fermentação herdado da civilização romana, praticamente extinto no mundo.

A visita inclui ainda a adega moderna, com 44 tanques de inox e toda a tecnologia necessária para vinhos tintos e brancos, permitindo ao visitante compreender como tradição e inovação se cruzam na criação de vinhos de excelência.

As visitas decorrem diariamente, com horários ajustados à estação do ano: de abril a outubro, às 11h00, 15h00 e 17h00; de novembro a março, às 11h00 e 15h00. A loja está igualmente aberta todos os dias. Embora a entrada não exija marcação, a reserva prévia é recomendada.

A Adega José de Sousa é um testemunho vivo de um saber ancestral que o tempo não apagou — e um destino imperdível para os apaixonados por vinho e história.