Frei Gigante com nova imagem

A WineStone, a plataforma de negócios do Grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, confia a distribuição nacional das novas marcas do seu portefólio Quinta do Côtto (Douro) e Paço de Teixeiró (Vinhos Verdes) à José Maria da Fonseca Distribuição (JMFD), empresa que já assegurava a comercialização da Ravasqueira (Alentejo).

O Frei Gigante, uma das marcas mais antigas da Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico – Picowines tem uma nova imagem. A colheita 2021, deste vinho certificado com denominação de origem, surge agora no mercado totalmente renovado, com uma imagem que conta, de facto, a história e aventura deste vinho juntando a tradição à inovação que o caracteriza. O seu nome presta homenagem à primeira personalidade histórica conhecida que, em 1460, aquando da colonização da ilha, traz as primeiras videiras e faz as primeiras experiências de locais de produção de vinho: «O Frei Gigante, um blend das três monocastas Arinto dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico, é o vinho bandeira da cooperativa quando falamos de castas autóctones e daquilo que representa a essência dos vinhos do Pico. É um vinho que não se resume a uvas e a fermentações, conta uma história e a sua aventura, aliando a tradição à inovação», afirma Losménio Goulart, Presidente da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico – Picowines.

Por seu lado, Bernardo Cabral, enólogo consultor da Picowines destaca a «mineralidade, salinidade e acidez como características marcantes nos vinhos açorianos, principalmente os produzidos na ilha do Pico, e um terroir único e singular marcado pelos solos vulcânicos e pela forte influência do Atlântico, que faz com que tenhamos vinhos de excelência. Pretendemos ter vinhos genuínos e pouco trabalhados». 

Os elementos gráficos do rótulo da nova imagem do Frei Gigante contam a sua história e origem. Entre diversos símbolos, destaca-se a imagem da ilha do Pico, a bússola que pretende representar o papel do Frei Gigante na descoberta de castas e formas de implementação das vinhas na ilha, a caravela portuguesa que representa as castas trazidas das ilhas do Mediterrâneo, o Verdelho, a casta mais tradicional e emblemática da região ou mesmo as iniciais do seu verdadeiro nome: Pedro Frei Gigante. 

A nova imagem do Frei Gigante conta uma história. Diz a lenda que Pedro Frei Gigante trouxe então as primeiras videiras para o Pico, nos inícios da colonização da ilha, levando a cabo as primeiras experiências de produção de vinho em chão de pedra negra protegida por muros de basalto, que hoje caracterizam a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores. Os franciscanos ajudavam as pessoas a trabalhar e inventar formas de melhorar a vida ‘real’. Havia um interesse para além do religioso que a evolução das pessoas do Pico acontecesse verdadeiramente. A introdução do plantio da vinha foi liderada na ilha do Pico pelos frades franciscanos que cedo reconheceram a existência de condições climáticas adequadas para a produção vitivinícola. Funcionavam como uma família e sabiam que havia nas zonas mediterrâneas terrenos parecidos com os do Pico onde havia vinhas. O Frei Gigante era franciscano e teve um papel preponderante na plantação da vinha no Mediterrâneo, através da partilha dos seus conhecimentos. 

As primeiras plantas terão sido trazidas das ilhas do Mediterrâneo. A casta que ganhou preferência pela sua produtividade e qualidade dos vinhos produzidos foi o Verdelho. A história açoriana refere com frequência que as primeiras plantas foram trazidas da Sicília, as características da vinha e as dinâmicas de povoamento e comércio da época apontam para as Canárias. Depois de um arranque lento, o vinho licoroso tornou-se famoso pela sua qualidade e nos finais do século XVII já era exportado para outras ilhas e a partir do século XVIII para a maioria dos países do norte da Europa.

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