Brancos do Pôpa em destaque

A Quinta do Pôpa lançou recentemente as suas novas colheitas de DOC Douro brancos – ‘Contos da Terra’ (2020), ‘Pôpa Unoaked’ (2020), ‘Pôpa Black Edition’ (2019),  e uma novidade, o ‘Pôpa Amphora branco 2018’. 

Com um perfil gastronómico, apanágio de todo o portefólio de vinhos com assinatura da Quinta do Pôpa e, agora, do enólogo Carlos Raposo, o ‘Contos da Terra branco 2020’ (€5,75) é um vinho que no aroma ressalta a fruta branca, principalmente de caroço, como alperce e pêssego. Na boca, tem uma frescura e acidez que fazem salivar por mais. Elaborado com uvas da sub-região do Baixo Corgo, conjuga cinco castas, com predominância da Viosinho (30%), à qual se junta, em partes iguais de 20%, a Gouveio e a Arinto, e com 15% cada, Folgasão e Rabigato. Já o ‘Pôpa Unoaked’ (€9,90) da colheita  um branco igualmente fresco e com a fruta enaltecida pelo estágio em inox. Com origem em vinhas com mais de 25 anos, as castas que o compõem são Viosinho (50%), Gouveio (25%), Folgasão (15%) e Rabigato (10%). Um branco que exprime aromas muito focados de fruta madura, cítrica e pêra. No palato, tem uma amplitude que preenche, aliada a uma boa acidez sempre presente. O final é longo, a adivinhar potencial de envelhecimento. 

A complexidade aumenta com o ‘Pôpa Black Edition branco 2018 (€14,20)’ um branco que resulta de uma mistura de castas, plantadas em vinhas com mais de 20 anos  em solos de granito. A vinificação é feita em lagar, com pisa a pé, e segue-se estágio em barrica. Revela aromas cítricos, fruta de caroço branca e madeira, bem casada com o vinho. Na boca, impressiona de imediato, com uma explosão de sensações. Cheio e com garra, tem uma acidez marcante e um final de boca longo. 

Por último, o  ‘Pôpa Amphora branco 2018’ (€29,90), uma novidade no portefólio da Quinta do Pôpa. Feito com uvas de Vinhas Velhas plantadas em altitude, segue os métodos antigos de vinificação, típicos dos vinhos de talha do Alentejo: maceração pré-fermentativa e fermentação com massas em ânfora, seguida de estágio em borras totais, com contacto liquido-película dentro da ânfora e estabilização natural. Estágio em ânfora com resina de pinho. É um vinho que se nota que é mais quente, que foi vindimado um pouco mais tarde e que tem mais extração, por isso mais potente e isto derivado também ao tempo que teve em contacto com as películas e com a sua oxigenação. Notas de fruta de caroço, de casca branca, tipo pêssego e alperce, assim como notas de mel, melaços e compota. Na boca, apresenta um ataque mais guloso e cheio, sendo mais volumoso que o seu antecessor e tem os amargos típicos dos vinhos que fazem maceração pelicular. Acaba longo com os amargos, que preferência o prolongamento de boca e o envelhecimento em garrafa.